Jakeline Oliveira
O auxílio-doença é um direito do segurado que se encontra temporariamente incapaz de trabalhar, seja por motivo de doença ou acidente. Este benefício visa dar suporte financeiro para que o trabalhador possa se recuperar sem preocupações com a renda. No entanto, muitas pessoas têm seu pedido de auxílio-doença negado pelo INSS, mesmo após reunir laudos médicos e passar pela perícia. Saber como agir nessa situação pode fazer toda a diferença, e é isso que vamos abordar neste artigo. Aqui, você encontrará informações essenciais sobre o que fazer após uma negativa e quais são os direitos que você, como segurado, pode exercer para reverter essa decisão.
Sim, o INSS pode negar o auxílio-doença caso identifique que o segurado não cumpre todos os requisitos necessários. Para que o benefício seja concedido, três fatores principais são analisados:
Esses critérios ajudam o INSS a avaliar se o segurado realmente precisa do benefício temporário. Qualquer falha na comprovação de algum dos requisitos pode resultar na negativa do auxílio-doença.
São várias as razões que podem levar o INSS a indeferir um pedido de auxílio-doença. Os motivos mais comuns incluem:
Para aumentar as chances de aprovação do auxílio-doença, é fundamental apresentar ao INSS uma documentação médica sólida e completa que comprove sua incapacidade temporária. Os principais documentos incluem:
Dica: Organize todos os documentos em ordem cronológica e mantenha cópias digitalizadas, garantindo fácil acesso em caso de recurso.
Ao receber a negativa do auxílio-doença, é importante agir com calma e estratégia. As etapas recomendadas são:
Seguir esses passos com a ajuda de um especialista aumenta as chances de conseguir a reanálise do pedido.
Para verificar o motivo exato da negativa diretamente no site do Meu INSS, siga estes passos:
Dica: Mesmo acessando o motivo da negativa, contar com um advogado previdenciário é crucial para interpretar as informações e definir a melhor estratégia de reanálise.
Caso a negativa do auxílio-doença tenha sido baseada na falta de documentos ou informações insuficientes, é importante reunir novos comprovantes de sua condição. Veja algumas dicas para fortalecer o seu pedido:
Com esses documentos adicionais, você poderá fortalecer seu pedido caso precise entrar com recurso ou ação judicial.
Se a decisão de negativa foi injusta, você tem a opção de entrar com um recurso administrativo no próprio INSS, pedindo uma nova análise. Veja os principais pontos para esse procedimento:
Nota Importante: O recurso administrativo é uma alternativa válida, mas as chances de sucesso aumentam consideravelmente com o apoio de um advogado, especialmente em casos de negativas recorrentes.
Se preferir, é possível abrir uma ação judicial em vez de seguir o caminho do recurso administrativo. Muitos segurados optam pela ação judicial devido às vantagens desse processo, como a possibilidade de uma perícia realizada por um especialista, o que aumenta a precisão da avaliação.
Vantagens da Ação Judicial:
Importante: É recomendável iniciar a ação judicial com o auxílio de um advogado previdenciário, para evitar erros e garantir uma boa condução do processo.
Ao receber uma negativa do INSS, o segurado deve ficar atento aos prazos para contestar essa decisão. O recurso administrativo deve ser apresentado em até 30 dias a partir da data do indeferimento. Esse prazo é fundamental para garantir que o pedido ainda seja analisado pelo próprio INSS. No entanto, a ação judicial pode ser iniciada a qualquer momento, respeitando o prazo de prescrição de até 10 anos após a negativa.
Dica: Respeitar esses prazos evita que o segurado perca o direito de contestar a decisão e aumenta as chances de conseguir o benefício por incapacidade.
Ao ter o pedido de auxílio-doença negado, o segurado possui alguns direitos importantes:
Atenção: Essas opções devem ser discutidas com um advogado previdenciário, que pode analisar o caso e definir a estratégia mais adequada.
Se o auxílio-doença for negado após a perícia médica do INSS, a responsabilidade pelo pagamento do salário do trabalhador volta a ser do empregador, caso o vínculo empregatício ainda esteja ativo. No entanto, se o empregador se recusar a pagar e o trabalhador não tiver benefício nem salário, ele pode cair em uma situação conhecida como “limbo previdenciário trabalhista.”
Como Resolver o Limbo Previdenciário:
Para evitar o limbo previdenciário, é recomendável que o trabalhador busque a orientação de um advogado que possa ajudar na negociação e assegurar seus direitos.
O “limbo previdenciário trabalhista” ocorre quando o segurado tem o auxílio-doença negado pelo INSS e, ao mesmo tempo, o empregador se recusa a pagar o salário ou reintegrá-lo ao trabalho. Essa situação deixa o trabalhador sem amparo financeiro, já que ele não recebe nem o benefício nem o salário.
Como Evitar e Resolver o Limbo Previdenciário:
Importante: Agir rápido e buscar ajuda especializada pode ser fundamental para resolver o limbo previdenciário e assegurar que o trabalhador não fique desamparado.
Prevenir a negativa do auxílio-doença é sempre a melhor estratégia. Seguem algumas recomendações para fortalecer o seu pedido:
Seguindo essas dicas, o segurado reduz significativamente o risco de negativa e garante que seu pedido seja analisado com todos os detalhes.
Ter o pedido de auxílio-doença negado pode ser frustrante, mas há opções para reverter essa decisão. Como vimos, o segurado tem o direito de entrar com um recurso administrativo ou abrir uma ação judicial para garantir o benefício. Além disso, é importante reunir a documentação correta, observar os prazos e buscar o apoio de um advogado previdenciário, o que aumenta muito as chances de sucesso. Agir com planejamento e utilizar todas as ferramentas à disposição são passos fundamentais para assegurar o direito ao auxílio-doença e evitar problemas como o limbo previdenciário.
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